Segundo o último levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), a VCMH atingiu 12,7% nos últimos 12 meses encerrados em setembro de 2023. Esse valor é superior à inflação geral, o que indica que os custos com saúde suplementar estão aumentando a um ritmo mais acelerado.
Discrepâncias na VCMH por modalidade e operadora
A análise da VCMH por modalidade de operadora revela um cenário complexo e dinâmico, com variações significativas entre os diferentes segmentos do mercado. A medicina de grupo, por exemplo, demonstra um crescimento mais acentuado dos custos, possivelmente devido a fatores como a negociação direta com prestadores.
Já as seguradoras, apesar de apresentarem uma VCMH geral mais baixa, evidenciam uma alta variação nos planos coletivos, o que pode estar relacionado à composição da carteira, estratégias de precificação e impactos da pandemia da COVID-19?.
A compreensão dessas nuances é fundamental para a tomada de decisões estratégicas pelas operadoras, visando garantir a sustentabilidade do negócio e oferecer planos de saúde com um melhor custo-benefício para os beneficiários.
Fatores Impulsionando o aumento da VCMH:
- Aumento de terapias: a frequência de utilização aumentou em 11,3% e o custo médio em 14,0%. Observou-se uma maior utilização com relação às terapias de tratamento para saúde mental.
- Elevação nos custos de consultas médicas: o resultado em setembro/2023 mostrou um aumento da frequência de utilização de 3,5% combinado com aumento do custo em 7,6%.
- Maior número de internações: vem crescendo em ritmo acelerado, puxado pelo crescimento da frequência de utilização, apresentou aumento de 1,8%.
- Aumento nos gastos com exames: a frequência de utilização diminuiu 6,9%, mas o custo médio aumentou 8,3%.
Todos os itens apresentaram uma VCMH positiva, ou seja, aumento nas despesas per capita nos 12 meses até setembro de 2023 relativamente aos 12 meses até setembro de 2022: terapias (26,8%), consultas (11,4%), internações e OSA – outros serviços ambulatoriais (11,3), e exames (0,9%).
Mais diagnósticos, mais demanda
O IESS aponta que o aumento significativo na utilização de serviços ambulatoriais (OSA), que inclui consultas com fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais aponta um destaque para o tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A demanda por serviços relacionados ao TEA cresceu 121,6% entre junho de 2021 e junho de 2022, impulsionada pela maior conscientização dos tratamentos e pela retirada dos limites de cobertura pela ANS.
O reflexo desse crescimento, junto à maior procura por outros serviços de saúde mental, elevou o número total de procedimentos e os resultados demonstram o impacto do TEA e da saúde mental nos custos dos planos de saúde, contribuindo com a elevação da VCMH.
Desafios e Perspectivas
A alta demanda por serviços de saúde, especialmente com saúde mental, representa um desafio para as operadoras de planos de saúde e para o sistema de saúde como um todo. É fundamental investir em soluções que garantam a qualidade e a acessibilidade desses serviços, além de buscar formas de otimizar os custos sem comprometer a assistência.
A tendência é que a VCMH continue a subir nos próximos anos, impulsionada pelo envelhecimento da população, pela incorporação de novas tecnologias e pela crescente demanda por serviços de saúde. No entanto, é possível adotar medidas para conter esse aumento, como a promoção da prevenção, a otimização do uso de recursos e a negociação de preços com os prestadores de serviços.
Como a VCMH é calculada
A VCMH é calculada com base em uma metodologia internacionalmente reconhecida, que compara o custo médio por beneficiário em um período de 12 meses com o período anterior. O índice leva em consideração diferentes tipos de planos de saúde e é utilizado como referência para acompanhar a evolução dos custos no setor.
O aumento da VCMH é um desafio complexo que exige uma abordagem multifacetada. Diante desse cenário desafiador, é fundamental que todos os atores envolvidos busquem soluções inovadoras para garantir a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar e o acesso à saúde de qualidade para toda a população.
Suridata: sua parceira estratégica para otimizar a gestão de planos de saúde.
Os corretores de saúde desempenham um papel fundamental nesse contexto, atuando como intermediários entre as operadoras e os consumidores. É importante que os corretores estejam bem informados sobre as causas e as consequências do aumento da VCMH, bem como seu impacto na saúde suplementar, para que possam orientar seus clientes da melhor forma possível.
Como citado acima, as operadoras de saúde podem ser classificadas em diferentes modalidades sendo as cooperativas médicas, medicina de grupo e seguradoras especializadas em saúde as mais conhecidas. Cada uma dessas modalidades possui suas próprias características e, consequentemente, seus dados podem apresentar variações. Clique aqui e a qual modalidade de operadora pertence.
Nesse cenário, nossa inteligência de mercado e análise de dados aprofundada leva em consideração essas particularidades, garantindo que as informações reflitam a realidade de cada tipo de operadora e permitam nossos clientes identificarem oportunidades de redução de custos em suas negociações.
Nos últimos 12 meses, a média de reajuste negociada foi de 16,58%, um valor significativamente menor que os 34,8% inicialmente propostos pelas operadoras. Isso representa um abatimento médio de 51,36% no valor do reajuste, demonstrando o poder da nossa plataforma em transformar dados em resultados tangíveis.
Quer saber como a Suridata pode ajudar você a negociar reajustes mais vantajosos para seus clientes? Entre em contato conosco