Principais doenças respiratórias: você sabe como prevenir?

Por Suridata

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, 30% dos brasileiros sofrem com patologias que atingem as vias aéreas superiores e inferiores.

Com a chegada do inverno, aumenta-se a atenção com os quadros respiratórios. Isso porque as baixas temperaturas e a diminuição da umidade do ar culminam tanto em maior circulação de vírus, quanto em agravamento de doenças crônicas.

Além disso, a preocupação com os problemas respiratórios tornou-se ainda maior nos últimos anos. Devido à pandemia de Covid-19, as infecções pulmonares foram responsáveis por recordes de mortes e número de internações hospitalares.

Mas afinal, você conhece quais são as doenças respiratórias mais comuns? Nesse texto, a Suridata organizou as principais características desses agravos, bem como algumas ações cotidianas que podem nos ajudar a respirar melhor.

Principais doenças respiratórias

Primeiramente, sabemos que as doenças respiratórias podem ser classificadas em patologias do trato respiratório superior e inferior. Rinite e sinusite, por exemplo, representam os problemas mais comuns relacionados às vias superiores.

Já quanto às vias aéreas inferiores, os principais são: asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), pneumonias e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

Abaixo, citamos as principais características de cada uma delas:

Rinite

É uma inflamação na mucosa nasal, cuja manifestação pode ser aguda (até 7 dias) ou crônica (3 meses ou mais). A rinite é causada por agentes alergênicos, como poeira, fungos, pêlo de animais, entre outros.

Os principais sintomas são: coriza, espirros constantes, obstrução nasal e intensa coceira no nariz, olhos, garganta e céu da boca. Quanto ao tratamento, o indivíduo pode apresentar melhora naturalmente, porém alguns medicamentos, como anti-histamínicos, ajudam a aliviar mais rapidamente os sintomas.

Sinusite

Dor forte e pulsátil na região entre os olhos, sensação de pressão na cabeça, coriza e obstrução nasal. Na sinusite, esses sintomas ocorrem devido à inflamação dos seios da face (regiões formadas por cavidades no crânio).

O tratamento da doença consiste em combater o microorganismo ou o processo alérgico causador da inflamação.

Asma

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 262 milhões de pessoas no mundo sofrem com asma. A doença crônica é caracterizada pela inflamação dos brônquios (pequenos canais que levam o ar para dentro dos pulmões).

Nesse quadro, os brônquios ficam inchados e produzem secreção em excesso, o que diminui a passagem de ar. Logo, haverá crises com dificuldade para respirar, tosse e sibilos. Embora a doença não tenha cura, ela pode ser controlada com medicamentos e distanciamento de alérgenos.

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

A DPOC também é caracterizada por um processo inflamatório no qual há obstrução das vias aéreas. Porém, diferentemente da asma, que ocorre em crises, a DPOC possui um quadro de dificuldade respiratória crônica e progressiva.

Dessa forma, com o passar do tempo, o indivíduo vai apresentando tosse e respiração curta até nos mínimos esforços. A doença não tem cura, possui apenas tratamento medicamentoso com o objetivo de retardar a evolução dos sintomas.

Devido aos efeitos lesivos da fumaça do cigarro, o tabagismo é o principal fator de risco. Por fim, a DPOC é responsável por mais de 3 milhões de mortes por ano, de acordo com dados da OMS.

Pneumonias

Trata-se de quadros de infecção pulmonar, provocados por vírus, bactérias, fungos ou reações alérgicas. Dentre os sintomas, a presença de febre alta, tosse produtiva, mal-estar e dor no tórax diferenciam as pneumonias das outras doenças citadas acima.

O tratamento exige o uso de antibióticos e, em alguns casos, a internação hospitalar pode ser necessária, sobretudo quando ocorre em crianças e idosos.

Síndrome respiratória aguda grave (SRAG)

A SRAG é uma complicação dos quadros gripais. Dessa forma, a síndrome pode ser desencadeada pelo coronavírus, vírus influenza, adenovírus e vírus sincicial respiratório. Os sintomas relacionados à disfunção pulmonar são graves e, na maioria dos casos, requer hospitalização.

Em 2019, o Ministério da Saúde registrou 9.400 casos de SRAG, já em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, o número subiu para 168 mil, sendo 52 mil causados pelo vírus SARS-CoV-2 (agente etiológico da Covid-19) e outros 58 mil sem causa especificada.

Prevenção de doenças respiratórias

Podemos perceber que, embora as principais doenças respiratórias apresentem quadros específicos, as causas estão nos âmbitos dos agentes alergênicos, microorganismos e tabagismo.

Assim, podemos listar sete medidas que, se adotadas, são capazes de evitar os fatores de risco de boa parte das doenças de vias aéreas superiores e inferiores. Veja abaixo:

Mantenha sua casa limpa e arejada

A medida é importante para evitar ácaros, poeiras e outros agentes alergênicos. Além disso, a circulação de ar diminui a presença de vírus e bactérias. Logo, mesmo no inverno, mantenha as janelas abertas.

Deixe o ar úmido

O ar seco provoca ressecamento das mucosas respiratórias, o que leva a irritações nas vias aéreas. Portanto, em períodos mais secos, utilize umidificadores ou recipientes com água para promover um ar mais confortável em sua casa.

Cuide de seu sistema imunológico

Baixa imunidade é um dos fatores que facilitam o contágio de infecções respiratórias. Nesse sentido, é importante alimentar-se bem, ter noites de sono reparador e fazer o controle dos níveis de estresse.

Evite aglomerações

Aumentam-se as chances de contaminação em ambientes com grande número de pessoas, especialmente quando se trata do novo coronavírus. Seu poder de transmissão é efetivo, podendo ser propagado pelo ar, por gotículas emitidas na fala e pelo contato com superfícies infectadas.

Higienize suas mãos

Como dissemos no tópico anterior, ao tocar locais com microorganismos e, posteriormente, levar a mão contaminada aos olhos, boca e nariz é uma forma comum de transmissão de doenças. Por isso, tenha álcool em gel disponível e lave suas mãos sempre que possível.

Vacine-se!

Além das vacinas contra o Sars-CoV-2, todos os anos são criadas novas vacinas para as variantes de vírus da gripe em circulação. A vacina é um método comprovadamente eficaz para desenvolvimento de anticorpos sem que haja prejuízos à nossa saúde.

Não fume!

O tabagismo é causador de doenças como DPOC, asma e outras, como câncer no pulmão. Isso porque, como dissemos, as substâncias tóxicas e a fumaça presente no cigarro submetem as vias aéreas a constantes processos inflamatórios.

Bem, agora que você já conhece os principais tipos de doenças respiratórias e sabe quais são as ações para preveni-las, pode ficar ainda mais alerta quanto aos cuidados, combinado? Lembre-se também de consultar um profissional, caso perceba algum desses sintomas respiratórios.

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