Segundo especialistas, 1 em cada 8 pessoas pode sofrer com a doença em algum momento durante a vida, especialmente entre os 30 e 60 anos. Veja como prevenir!
Cálculo é o nome dado à formação de pedras nos rins ou nas vias urinárias. Eles são resultado do acúmulo de cristais presentes na urina e possuem como principais componentes o cálcio, ácido úrico, a cistina, entre outros.
As pedras são encontradas nos rins ou no ureter e, frequentemente, causam episódios bastante dolorosos, conhecidos como cólicas renais. Além disso, podem levar a infecções e até à disfunção renal.
Devido à sua alta prevalência em todo o mundo, a Suridata preparou esse texto com as causas, os sintomas, o diagnóstico, o tratamento e a prevenção dessa doença. Quer saber mais? Veja os tópicos abaixo.
Causas do cálculo renal
Uma das principais funções dos rins é filtrar os restos do nosso metabolismo e produzir a eliminação através da urina. Com o tempo, principalmente se não houver circulação de líquido suficiente, ocorre acúmulo desses resíduos em formato de caroços ou grãos de areia.
Dentre as causas, observamos:
- Ingestão insuficiente de líquidos;
- Uso de alguns tipos de medicamentos, como diuréticos, alguns antibióticos, antiácidos e aspirina;
- Manutenção de uma dieta rica em proteínas e pobre em fibras;
- Alguns distúrbios do metabolismo do ácido úrico ou das glândulas paratireóides;
- Predisposição genética.
Fatores de risco
Há maior probabilidade de desenvolvimento de cálculo renal em pessoas com obesidade, diabetes e hábitos sedentários. Ainda, sabe-se que aqueles que já tiveram um episódio de cálculo renal, apresentam 50% de chances de novos quadros em até cinco anos, se não promoverem tratamento preventivo.
Por fim, podemos citar as altas temperaturas como condições que predispõem a formação das pedras nos rins. Isso porque o ambiente leva ao aumento da transpiração e, muitas vezes, não ocorre adequação da reposição de líquidos. Tanto que a incidência da doença chega a 30% no verão.
Principais sintomas
Os sintomas variam de acordo com o tamanho, localização e migração dos cálculos. Abaixo, listamos os sinais mais relevantes:
- Dor crônica em apenas um dos lados da região lombar, com sensação de peso e piora durante exercícios físicos. Frequentemente esse sintoma está associado a pedras maiores, sem movimentação e paradas no rim;
- Infecções de urina recorrentes, que podem ou não estar associadas a dor lombar. Esses quadros ocorrem porque as pedras facilitam o acúmulo de bactérias nas vias urinárias;
- Sangramento na urina decorrente de lesões nos rins e ureter;
- Dor intensa e aguda. Ela ocorre repentinamente, na região lombar ou região pélvica. Geralmente está associada a pequenas pedras que estão em migração;
- Juntamente com as dores intensas, podem vir náuseas, vômitos e episódios de febre.
Diagnóstico
O cálculo renal pode ser diagnosticado apenas com a apresentação dos sintomas e a coleta da história clínica. Porém, para melhor detalhamento do tipo e da localização do cálculo, o médico pode solicitar exames de urina, raio X de abdome, ultrassonografia e, principalmente, a tomografia de abdome e pelve.
Tratamento
A maioria das pedras nos rins são pequenas e podem ser expelidas juntamente com a urina. Nesse caso, o médico pode recomendar medicamentos para dor, ingestão de água e diminuição do consumo de sal e refrigerantes.
Caso não seja possível a eliminação de forma natural, podem ser indicados alguns procedimentos, como:
- Litotripsia: emissão de ondas que causam fragmentação do cálculo, facilitando a eliminação por via urinária;
- Ureteroscopia: realizado por via endoscópica. Nesse caso, o médico retira os cálculos do ureter;
- Cirurgia percutânea ou endoscópica: pode ser feita também por via endoscópica ou através de pequenos cortes na região lombar. Assim, retira-se ou promove-se a fragmentação do cálculo.
O melhor tipo de tratamento dependerá do tamanho, do tipo e da localização da pedra. Por isso, o especialista fará a melhor recomendação após análise dos exames e de questões particulares do indivíduo.
Como prevenir?
A principal prevenção para formação de pedras nos rins é beber bastante água todos dias. Uma maneira eficaz de saber se você está ingerindo a quantidade necessária é sempre observar a coloração de sua urina. Quanto mais escurecida, mais
líquido você deve introduzir à sua rotina.
Também é importante: evitar o consumo de refrigerantes e de alimentos com excesso de sal; aumentar a quantidade de fibras na sua dieta; e, adquirir hábitos saudáveis, buscando uma vida mais ativa.
Agora, a Suridata quer saber: você já bebeu água hoje? Se não, vamos lá! Seu rim agradece!
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- NHS – Kidney stones – Acesso em 21/07/2022 https://www.nhs.uk/conditions/kidney-stones/
- Portal da Urologia – Pedra nos rins – Acesso em 21/07/2022 https://portaldaurologia.org.br/publico/doencas/pedra-nos-rins/
- Hospital Albert Einstein – Cálculo renal – Acesso em 21/07/2022 https://www.einstein.br/Pages/Doenca.aspx?eid=199
- ANAHP – Dia Mundial do Rim – Acesso em 21/07/2022 https://www.anahp.com.br/noticias/noticias-hospitais-membros/dia-mundial-do-rim-incidencia-de-calculo-renal-aumenta-com-temperaturas-elevadas/
- Portal da Urologia – Verão incidência de pedras nos rins – Acesso em 21/07/2022 https://portaldaurologia.org.br/publico/release/verao-incidencia-de-pedras-nos-rins-aumenta-30/